quarta-feira, 23 de setembro de 2009

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O cabeça-de-lista do PCTP/MRPP às eleições legislativas mostrou-se hoje favorável à construção de uma terceira travessia do Rio Tejo, em Lisboa, e da aposta no comboio de alta velocidade, embora na "rota dos emigrantes".
"De facto, deve haver uma terceira travessia. É absolutamente urgente e permite concretizar a ideia de que o rio não pode separar as margens e impedir a circulação das pessoas. Em nenhuma delas (travessias) deve haver pagamento de portagens", defendeu Garcia Pereira, após um passeio de barco no Tejo.
A acção de campanha para o sufrágio de 27 de Setembro e para as eleições autárquicas de 11 de Outubro, nas quais Carlos Paisana será o primeiro da lista da capital do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses/Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado, visou alertar para o "laqueamento" da cidade relativamente ao rio, "fruto de uma entidade feudal como a Administração do Porto de Lisboa", e outros "crimes arquitectónicos" que impedem o aproveitamento deste "magnífico estuário".
"Lisboa deve ser um grande porto de passageiros e de mercadorias, que permita transformar Portugal na grande placa giratória de mercadorias e pessoas", reiterou Garcia Pereira.
O dirigente do PCTP/MRPP defende também uma "aposta séria no transporte ferroviário, o transporte do futuro", por ser "rápido, cómodo, seguro e amigo do ambiente", nomeadamente a alta velocidade.
"Agora, não é o 'TGV' para transportar uns quantos senhores a reuniões em Madrid. Tem que ser de passageiros e de mercadorias. Uma via de alta velocidade do Sul, Algarve, até ao Noroeste da Península Ibérica, na Corunha. O que permitirá fazer do Porto a grande capital regional do Noroeste da Península Ibérica", argumentou.
Para Garcia Pereira, a actual intenção governamental de construir a linha de alta velocidade entre Lisboa e Madrid não faz sentido e "só serve Espanha", para "roubar turistas ao Algarve e levá-los para a costa Sul espanhola".
"Deve ser um eixo transversal de entrada e saída da Europa. Aveiro, Vilar Formoso e Bordéus, no percurso tradicional dos emigrantes", concluiu.

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