domingo, 29 de novembro de 2009

Comunicação ao IV Congresso Internacional do Ordenamento do Território


A Associação Comercial do Porto concedeu-me a honra de publicar o texto da minha intervenção no IV Congresso Internacional do Ordenamento do Território, subordinada ao tema "O TGV só de passageiros e para Madrid - um grave erro estratégico a evitar!".

8 comentários:

  1. Abordei, na minha limitada capacidade, no meu blogue (mensagem 15... a 19...) este tema da ferrovia em Portugal e das opções que foram tomadas e que estão/vão ser tomadas.
    Li o seu texto e concordo.
    O único grande problema é que os Governos deste País só pensam "alcatrão" e "betão" e nada mais.
    Pelo meio mandam uns pós para cegar a dizer que mais betão é mais ecológico (caso das barragens) e lá vai o Povo para mais uma esparrela...
    Temos sim que parar com o alcatrão e investir em ferrovia, seja em Metros, Sub-urbanos, Inter-Cidades, Regionais, Alfa-Pendulares... libertar o Povo (logo o País) da dependência do automóvel e do petróleo... Só temos a ganhar em todos os níveis...

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  2. É verdade! Todas as razões, desde as ambientais às de estratégia de desenvolvimento económico, impõem a aposta na ferrovia. E a ligação mais rápida e directa ao Centro e ao Norte da Europa é absolutamente indispensável para que o nosso País possa aproveitar a sua magnífica localização e tornar os seus portos atlânticos a porta de entrada e de saída da mesma Europa.

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  3. Li a exposição que o Dr.Garcia Pereira fez sobre o TGV, as suas vantagens quando planeado com "cabeça, tronco e membros"! Agora sinceramente, deu para perceber que o sr "Inginheiro", quer assassinar o nosso País com o povo todo lá dentro!
    Já não bastam os negócios escuros com o José Eduardo dos Santos?
    Socorro, tirem-me daqui! onde é que este país vai parar?
    Passo para aqui um comentário que deixei no blogue Alto Hama. Com 51 anos de idade mas sempre actual, as dissertações de Aldous Huxley são um apelo ao bom senso!

    "Se houver uma centralização do poder em que as actividades locais possam estar em causa, a palavra democracia torna-se uma palavra isenta de sentido. Achar uma solução para este problema baseia-se efectivamente na distribuição de território e de cidadãos que possam exercer a sua vida a nível local, cooperantes capazes de funcionar fora do Sistema do Alto Governo e da Alta Finança. O direito de voto é em princípio um alto privilégio, mas na prática tem mostrado que por si só não é garantia de liberdade. Por isso se quisermos evitar a ditadura por plebíscito, quebrai as vastas sociedades, semelhantes a maquinismos da sociedade moderna, em grupos autónomos. A super população e a super organização, produziram a metrópole moderna, na qual uma vida amplamente humana de múltiplas relações pessoais se tornou impossível. Portanto se quereis evitar o empobrecimento espiritual dos indivíduos e de sociedades inteiras, abandonai a metrópole e fazei reviver a pequena comunidade rural, e humanizai a metrópole criando no interior da sua organização mecânica, os equivalentes urbanos das pequenas comunidades rurais, onde os indivíduos se possam encontrar e cooperar como pessoas completas, não como meras encarnações de funções especializadas. Isto é um axioma político, porque o poder persegue a propriedade."
    Como vê Dr. Garcia Pereira, Aldous Huxley em 1958 já previa no que isto ía dar...
    Agora realmente é difícil voltar a redescobrir o caminho da Democracia, porque em 50 anos, continuamos com as políticas erradas... mas há que tentar e motivar todos para a este fim, antes que tudo dê para o torto. Crise e poder concentrado, aliado à corrupção é uma bomba relógio! Há que pensar nisso... foi assim que se implantaram as piores ditaduras do passado.

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  4. Os factos são indesmentíveis: qualquer país rico e desenvolvido do mundo possui uma rede ferroviária de qualidade. Um exemplo muito comum é o da Noruega que possui apenas cerca de 200 kms de auto-estradas e um caminho-de-ferro de se lhe tirar o chapéu.
    O investimento a que se tem que dar prioridade é o caminho de ferro nas suas diversas vertentes, passageiros e carga, comboio, metro, eléctrico, tram, ou outra coisa qualquer que role sobre carris.
    E não se trata apenas da alta velocidade, há que remodelar/reactivar linhas e ramais fechados e degradados, nomeadamente no sempre sacrificado interior, apostar no conforto e qualidade das composiçoes, eficácia dos serviços e atendimento, electrificação de toda a rede nacional e criar/melhorar os interfaces urbanos/suburbanos, designadamente nos grandes centros urbanos, de forma a torná-los práticos e eficazes, coisa que actualmente não acontece. Mais do que isso é preciso estudar e bem uma construção/desenvolvimeto integrados da rede de forma a que não se consumam enormes quantidades de dinheiro (como é usual!) em obras que passados alguns anos se vem a verificar terem sido mal planeadas.
    Só um alienado não compreenderá que o caminho-de-ferro é já no presente e mais o será no futuro o transporte de excelência pelas suas qualidade intrínsecas: prático, rápido, confortável, económico, ecológico.
    Está na altura de finalmente os políticos que nos (des)governam perceberem que é tempo de parar com o macadame de alta-velocidade, e dar prioridade ao macadame de baixa-velocidade (estradas secundárias e regionais degradadas e a precisarem de remodelações) e principalmente aos carris.

    Cumptos.

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  5. Tem toda a razão! O transporte do futuro é de facto a ferrovia. E é também imprescindível termos um plano estratégico de transportes. Aliás, permito-me sugerir-lhe que, se puder, vá assisrir à conferência que sobre esse importantíssimo tema o Engº Pompeu dos Santos vai proferir às 18h da próxima 5ª fª, dia 3/12, na Sociedade de Geografia, em Lisboa (Rua das Portas de Sto Antão).

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  6. Veja Dr. Garcia Pereira no estado em que o Estado deixou as nossas linhas ferroviárias!
    Neste filme está bem explícito... palavras para quê?

    http://paramimtantofaz.blogspot.com/search/label/Linha%20do%20Sabor

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  7. Magnífica foto-reportagem! Mas não foi o Estado em abstracto mas sim a política errada de consecutivos Governos que desde o 25 de Abril para cá já fecharam cerca de 1.000 km de via férrea e condenaram ao isolamento populações inteiras.

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  8. Até já o cidadão português Eng. Belmiro Azevedo, entende e bem, que o TGV ou linha de alta velocidade para Madrid serve os interesses de Espanha.

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