segunda-feira, 18 de abril de 2011

DIGAMOS NÃO À FRAUDE ELEITORAL JÁ EM CURSO!


Acabou de se saber que as três televisões e os cinco partidos parlamentares já se entenderam e combinaram a realização de dez debates a dois, entre 6 e 20 de Maio, abrangendo apenas aqueles mesmos partidos.

Tais debates constituem um verdadeiro atentado à democracia – porque violentam por completo o princípio básico da igualdade de tratamento e de oportunidades das diversas candidaturas – e uma autêntica fraude eleitoral que dá apenas a palavra e visa perpetuar no Poder precisamente aqueles que são os responsáveis pela actual situação do País.

Não é que semelhante manobra nos deva surpreender ou nos faça lamentar, e muito menos fraquejar no nosso combate. Mas o facto é que ela assume neste momento um significado inquestionável, e que é o de procurar evitar a todo o custo que as vozes divergentes e alternativas se possam fazer ouvir e assim conseguir convencer o Povo Português de que outra coisa lhe não restaria que não fosse ir votar nos mesmos de sempre.

O combate consequente às medidas do FMI e da Troika, a defesa clarividente de um programa de desenvolvimento do País e de um plano de combate ao desemprego, a exigência firme de uma auditoria independente à dívida e o claro repúdio desta, eis o que os debates a cinco procuram desesperadamente evitar que o Povo conheça e, mais do que isso, apoie e adopte!

Por tudo isto, todos os democratas e patriotas devem rejeitar semelhante manobra fraudulenta e exigir que os debates eleitorais contem com a participação, em pé de igualdade, de todas as forças políticas concorrentes!

10 comentários:

  1. Os chamados partidos do sistema tem conseguido, desde o 25 de Abril de 1974, manter o seu status de control do poder em Portugal, (a Constituição criada na Abrilada é um dos melhores/piores exemplos disso...) e por sua vez tem sido precisamente eles os maiores responsáveis pelo estado "comatoso" a que o País chegou, em termos economicos, sociais e politicos, e do qual já não vai conseguir regredir com saude e possibilidades de exito, com as (não) propostas que vão apresentando de cada vez que querem sugar mais um pouco de subvenções e repartir o poder entre si.
    Portugal chegou a um estado tal que só mesmo com a intervenção externa será possivel contrariar o poder dessas forças politicas do sistema, pois as mesmas pelo seu próprio pé jamais vão adimitir que outros possam criar novas formas de organização e desenvolvimento no País.
    Por tudo isso não acredito mais neste sistema politico, bem assim como não acredito nos politicos na activa.
    Lamento, mas a unica forma que encontro para contrariar o sistema é o estrangulamento das subvenções, e por essa via me recuso a votar a algum tempo nessa cambada...
    Uma das soluções, senão a unica visivel neste momento, é apoiar descaradamente a abstenção, ou então que surja o partido do voto nulo!!!
    Saudações amigas

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  2. http://www.facebook.com/notes/pedro-quartin-gra%C3%A7a/mpt-apresenta-queixa-participa%C3%A7%C3%A3o-contra-a-rtp-a-sic-e-a-tvi-por-tratamento-jorn/10150157554988359

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  3. A João Massapina:

    Isso é uma lógica extraordinária!!

    Admite que quem levou o País ao estado em que ele se encontra foram os "partidos do sistema" e recusa-se a votar nessa "cambada". Até aqui, percebo!

    E então diz que a única alternativa é a abstenção!!! Não percebe que dessa forma apenas está a ajudar os partidos do sistema? É que as máquinas partidárias não vão deixar de lá ir colocar a cruzinha!

    E porque é que não considera alternativa dar uma voz aqueles que nunca lá estiveram?

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  4. A Paulo Margalho:

    Concordo com a Petição que indicou e já assinei e divulguei.

    Apenas um senão: era de bom tom que o Paulo Margalho tivesse o seu perfil disponível, não concorda?!

    Cumprimentos
    Ana Almeida

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  5. Dr. Gasrcia Pereira, as mesmas injustiças anos a fio repetidas! O Pinto Balsemão, dono dos Media faz o que quer. É ele que escolhe governos e Presidentes... é ele que possui a arma mais poderosa, os Media e acha-se no direito de fazer censura em Democracia... Que pacto fez ele com o demónio?!

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  6. Estimado Cesar
    Grato desde já pelo seu comentário a minha opinião.
    Dizer-lhe que a minha opção é bem simples, e esta totalmente de acordo com aquilo que considero o mais certo, ou seja; não vou continuar a alimentar o sistema, e muito menos ajudar a criar mais elementos (novos, reciclados ou recuperados do mesmo sistema...) nesse mesmo sistema politico.
    Se votar estou a alimentar o próprio sistema, apoiando o aparecimento de novos elementos que tornam imortal o mesmo, para além de apoiar dessa forma a continuação do saque do erário publico nas subvenções por voto atribuído.
    Os portugueses cada vez mais se estão a capacitar da necessidade de mudar o ciclo, e a prova disso mesmo é; o aumento proporcional da abstenção de eleição para eleição.
    Não duvide que chegara o dia em que um grupo de cidadãos se organize e faça descaradamente e de modo frontal o apelo a abstenção, ou ao voto nulo, para dessa forma levar a necessária extinção da situação atual.
    Até lá; quem quiser que continue a alimentar este sistema... eu não o faço, nem morto!!!
    Saudações amigas

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  7. Caro João Massapina,

    Fechar os olhos à discriminação e à batota eleitoral sob a capa do apelo à abstenção não significa, no quadro actual, outra coisa que não seja a perpetuação no Poder daqueles que lá têm estado e que são os responsáveis pela situação actual em que o País se encontra.

    Mas, por outro lado, se não concorda com este tipo de sitema político, que sistema defende e que caminho em sua opinião deve ser percorrido para chegar lá?

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  8. Estimado Amigo
    Dr. Garcia Pereira

    Respeitando a sua douta opinião de lider partidário, tentando legitimamente entrar no actual sistema politico, aproveito para deixar o seguinte considerando; acerca da mudança de sistema politico.
    Esta mais do que provado que este sistema politico é uma descarada fuga a responsabilização direta dos politicos eleitos, e dessa forma só com uma responsabilização direta dos eleitos, por parte dos cidadãos eleitores, se poderia minimizar a triste realidade actual.
    Assim; uma das medidas, entre outras, deveria ser o fim da eleição de deputados nos moldes em que é agora efectuada, passando a existir um circulo nacional, com votação nominal no candidato, e ao mesmo tempo a existencia de circulos regionais, com igual votação nominal no candidato, possibilitando dessa forma a sua responsabilização direta, o que hoje não acontece, com a eleição a molhada em listas unicas.
    O eleitor pode hoje querer votar no candidato A ou B, mas não querer sequer sonhar na eleição do C ou D de determinada lista, mas mesmo assim vai ter que votar na globalidade e ajudar a eleger incompetentes.
    No entanto, como bem sabe, só estas alterações por si só não garantiriam uma mudança profunda no sistema, e dessa forma uma reforma profunda da atual Constituição é já mais do necessária, para possibilitar uma outra realidade nacional.
    Muitas mais ideias concretas se me afloram, e mereceria um bom debate sobre as inumeras possibilidades de mudar o atual sistema, atacando o perpetuar de certos caciques e outras maningancias que hoje permitem ter Portugal no triste estado em que se encontra, e que prevejo ainda vá piorar mais no curto prazo.
    Saudações amigas

    PS:
    Com o atual sistema, um bom exemplo de caciquismo é por exemplo a discriminação que existe por exemplo nos tempos de antena partidários, permitindo que aqueles que estão instalados no istema tenham todas as mordomias e direitos na comunicação com os eleitores, e os restantes se tenham que cingir a sua insignificancia eleitoral.
    Os proprios cidadãos, que se queiram organizar fora das sedes partidárias, estão impedidos de defender as suas propostas, e nem sequer se podem candidatar fora do sistema.
    Falar em petições é brincar com os cidadãos, pois nós sabemos muito bem o caminho que todas elas levam quando conseguem chegar a AR...
    É o chamado arquivo morto!!!
    Portugal é um País de faz de conta, com uma falsa democracia, onde não se permite que os extremos ideologicos se manifestem...
    Muito fica ainda por dizer.
    Saudações amigas, aproveitando para lhe desejar um boa epoca pascal a si e a toda a familia, independentemente de que possa ser, tal como eu ateu convicto.

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  9. Caro João Massapina,

    Que o actual sistema político está podre e caduco e que nele os direitos dos cidadãos comuns não têm existência real, estes são pontos em que concordamos.

    E quanto ao sistema eleitoral, também é verdade que o mesmo não é representativo, servindo o actual método de Hondt apenas para reforçar no poder os partidos que já lá estão e permitir, por exemplo, que um partido com 2% dos votos não tenha nenhum deputado e um com 20% consiga 30% ou 40% deles.

    Continuo, todavia, a entender que a questão da proximidade do deputado eleito relativamente aos eleitores não é "geográfica" mas sim de política, ou seja, não é pelo facto de os eleitores de Vila Real elegerem alguém da sua zona que os seus interesses vão ser melhor defendidos mas unicamente se esse alguém tiver uma política correcta, ao serviço do Povo.

    Mas há dois princípios (já bastante antigos, pois que vêm do tempo da Comuna de Paris!) em que tenho sempre insistido e que creio que poderiam introduzir uma mudança significativa nesta matéria. São eles o de que todos os titulares de cargos devem ser livremente eleitos e livremente revogáveis a qualquer momento e o de que o vencimento desses titulares não deve ser superior ao salário médio de um trabalhador. Deste modo, por um lado, quem fosse para a política não o faria decerto para se encher à custa do Povo que o elegeu e, por outro lado, quando um político prometia uma coisa e, uma vez caçados os votos, passava a fazer outra, podia ser imediatamente corrido por aqueles que o tinham eleito.
    Mas é óbvio que estas medidas jamais poderão ser aprovadas pelos 5 partidos do Parlamento que estão muito bem como estão e que não querem deixar de estar sentados à mesa do orçamento.
    Também por isso mesmo, sem alimentar ilusões acerca da natureza de classe de um órgão político como a AR, é decerto muito importante eleger outras pessoas fora desses partidos e vivamente empenhadas em defender os interesses do Povo.

    Agradeço-lhe e retribuo os votos de boa Páscoa.

    Um abraço,

    António Garcia Pereira

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  10. Estimado Amigo
    Dr. Garcia Pereira

    Estamos em sintonia na analise.
    è mais do que hora de se mudar alguma coisa, para que nada fique igual.
    Saudações amigas
    Abraço

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