É extremamente importante, e ao mesmo tempo arrepiante, a entrevista recentemente dada por um dos grandes especialistas do tema do Assédio Moral no Trabalho que é o Professor e Psiquiatra francês Christophe Dejours. Aconselho por isso, vivamente, a sua leitura. E apelo à reflexão séria e aprofundada para que tal entrevista nos convoca:
http://www.publico.clix.pt/Sociedade/um-suicidio-no-trabalho-e-uma-mensagem-brutal_1420732
http://www.publico.clix.pt/Sociedade/um-suicidio-no-trabalho-e-uma-mensagem-brutal_1420732
Em primeiro lugar, e em relação ao testo, que li na integra, considero que é assim , que se faz jornalismo e informação de eleição, deve de ser um exemplo a seguir.
ResponderEliminarEm segundo lugar, considero que na matéria vertida na entrevista toda ela é de facto uma denúncia, bem reveladora do que é e com se tem desenvolvido, com novas formas, o sistema capitalista, bem com o papel pouco activo de alguns sindicatos, ou seja, o papel praticamente passivo, de parte para não dizer da maior parte de alguns dirigentes desses sindicatos, porque de todo ainda não compreenderam esta nova evolução do sistema capitalista.
"Uma formação para o assédio?
ResponderEliminarExactamente. Há estágios para aprenderem essas técnicas. Posso contar, por exemplo, o caso de um estágio de formação em França em que, no início, cada um dos 15 participantes, todos eles quadros superiores, recebeu um gatinho. O estágio durou uma semana e, durante essa semana, cada participante tinha de tomar conta do seu gatinho. Como é óbvio, as pessoas afeiçoaram-se ao seu gato, cada um falava do seu gato durante as reuniões, etc.. E, no fim do estágio, o director do estágio deu a todos a ordem de… matar o seu gato.
Está a descrever um cenário totalmente nazi...
Só que aqui ninguém estava a apontar uma espingarda à cabeça de ninguém para o obrigar a matar o gato. Seja como for, um dos participantes, uma mulher, adoeceu. Teve uma descompensação aguda e eu tive de tratá-la – foi assim que soube do caso. Mas os outros 14 mataram os seus gatos. O estágio era para aprender a ser impiedoso, uma aprendizagem do assédio."
Se fosse eu e no fim do "estágio de formação" me sugerissem uma barbárie destas pedia o dinheiro de volta e apresentava queixa, tal e tamanha é a estupidez e crueldade deste animal (o director do estágio).
Vivemos numa época em que os valores da Vida e do Viver são pura e simplesmente esmagados pelos valores do dinheiro, da fama, do estatuto e outras artificialidades, que em nada ajudam o animal humano a Viver Bem.
E quando existem "directores de estágios" que utilizam seres vivos para obrigar outros seres vivos a matar, apenas por matar... algo vai mesmo muito mal com a nossa espécie.
Meus caros, subscrevo-vos inteiramente!
ResponderEliminarCaro Professor,
ResponderEliminarPrimeiro quero pedir desculpa pois o comentário não está ligado ao post, depois, se não for pedir muito, gostaria de ouvir a sua opinião sobre toda essa telenovela da alteração da lei das finanças regionais.
Um abraço, daqui do meio do Atlântico, de uma terra que sei que gosta muito.
Thank you :)
ResponderEliminarFantástico em oportunidade, em denúncia e altamente didático este artigo.
ResponderEliminarAinda bem que visitei o seu blogue. Comprei o "Publico" desse dia, li meia dúzia de cuscuvelhices, era para o acabar de ler em casa e não li. Já tinha ido para o lixo. Ainda bem que por aqui passei. Obrigado.
Merecia bem uma pequena brochura, baratinha, para os trabalhadores portugueses.
Muito obrigado! E vou pensar a sério na sua sugestão da brochura. Um abraço.
ResponderEliminarCaro Dr. Garcia Pereira,
ResponderEliminarOs meus parabéns pelo seu oportuno e esclarecedor post, do horror em que o Homem se está a transformar!
Esses assassinos merecem mais a cabeça no cepo, do que o Sadham Hussein. Esses são tipo Bin Laden! O Mundo está assustador à conta de tanta ganância e as pessoas devem andar bastante distraídas destes horrores.
Deixo aqui um link que denuncia os crimes das farmacêuticas e dos cientistas... se não enlouquecer ao passar de uns minutos, seria bom estar ao corrente... suponho que esteja até mais do que eu, mas fica o link. Isto é mesmo terrorismo dissimulado para atingir o maior número de pessoas.
http://www.ecocaravan.blogspot.com/
Caro Jordão,
ResponderEliminarAgradeço-lhe a sua questão, peço desculpa pelo atraso e, de facto, já me pronunciei publicamente sobre a mesma no programa Antes pelo Contrário da RTP1 que poderá ver aqui: http://www.youtube.com/watch?v=G2v2v36hgTc&feature=player_embedded
(É verdade, gosto muito dessa terra...)
Um abraço.
Sigo com atenção Garcia Pereira e o PCTP/MRPP. Tenho observado que, com o decorrer dos anos, cada vez mais há coincidência de posição entre o PCTP/MRPP e o PCP. Estas duas organizações são o que resta do marxismo-leninismo em Portugal. Agora, todos os outros que se reclamavam destes pilares ideológicos, passaram-se para a «esquerda moderna». Acabou a querela da URSS/China. Ambas as organizações têm um passado glorioso: de luta contra o fascismo, de defesa da classe operária e de empenho por uma sociedade socialista. É tempo de pensar na aproximação e na unidade. O que nos impede? O preconceito do passado?
ResponderEliminarRS
Meu caro Rui Silva,
ResponderEliminarAntes de mais desculpe o atraso da resposta ao seu comentário mas motivos pessoais e profissionais intransponíveis têm-me mantido, infelizmente, afastado. Só ontem publiquei os comentários que entretanto foram enviando.
Acerca do seu comentário: compreendo e respeito o seu desejo de unidade. Mas a verdade é que nem há cada vez mais coincidência de posições entre o PCTP/MRPP e o PCP nem creio que este último tenha algo de marxista-leninista.
Facto é que o PCP há muito tempo que deixou sequer de falar de Revolução, de tomada do poder e de ditadura do proletariado. Mas isso não quer dizer que aqueles que se consideram de esquerda não se possam unir, na base de princípios correctos, e em função de propostas ou lutas concretas. Dou-lhe um exemplo: o combate decidido e consequente contra o PEC e a defesa de uma grande, forte e bastante bem organizada Greve Geral Nacional.