O pacto de traição acabado de firmar entre o governo Sócrates e a Troika e FMI representa, antes de mais, o roubo da soberania e da capacidade de decisão do Povo Português, ao pretender impor-lhe que nada poderá decidir nas eleições de 5 de Junho, pois que, qualquer que seja o governo que delas saia, as medidas que ele terá de aplicar seriam sempre as que já estão antecipadamente decididas e definidas neste pacto.
Mas representa também – agora sob o argumento de que nessas eleições a única coisa a escolher é o partido que melhor sirva para aplicar essas medidas – procurar impôr aos cidadãos eleitores a ideia de que só têm a escolher entre o PS e o PSD, que são os únicos Partidos que interessa à Troika que ganhem.
Finalmente, este pacto é uma autêntica declaração de guerra aos trabalhadores e ao Povo Português. Ao contrário do que mentirosamente Sócrates quis fazer crer, o subsídio de desemprego vai diminuir, os salários e pensões serão congelados, todos os principais bens e serviços de primeira necessidade subirão de preço, os impostos que cada cidadão comum tem de pagar, a começar no IRS e a acabar no IVA, serão bem mais elevados, os despedimentos serão brutalmente facilitados, as indemnizações serão diminuídas, os horários e tempos de trabalho aumentam e os pagamentos, designadamente das horas extra, são drasticamente encurtados.
Conclamamos, por isso, cada trabalhador português a compreender que um voto no PS ou no PSD é um voto de traição em si próprio e a sublevar-se e combater decididamente contra todas e cada uma destas medidas!
Meu caro amigo,
ResponderEliminarQuando eu chegasse ao multibanco e não tivesse dinheiro ou quando chegasse ao supermercado e não tivesse nada nas prateleiras, de certeza que podia contar consigo. Mas, para não o estar a incomodar prefiro que o País seja resgatado e mantenha um nível social e civilizacional próprio para a minha filha viver nele.
Infelizmente Dr. Garcia Pereira, o Povo português não pensa pela própria cabeça! O Povo português "come" o que ouve e vê na rádio e na TV. É que se abrissem um pouco os olhos e vissem o que se vem passando desde o 25 de Abril, parava um pouco para pensar. Pobres das minorias que se vêem no meio dos asnos e dos corruptos que os governam. Desculpe a minha transversalidade mas realmente vivemos num País de burros! Não aprendem de forma nenhuma, nem que o sintam na pele, arrastando os outros para a miséria. E o povinho não vê isto?! Asnos!
ResponderEliminar"Não se chegou a construir uma democracia"
"A nossa classe política é mais do que lamentável"
Professor Vitorino Magalhães Godinho
Como o Povo Português é, profundamente, Iletrado, especialmente no que toca a estes assuntos de economia/finanças, e emprenha pelos ouvidos (Via Máquinas de Propaganda do PSD/PS/CDS que são a RTP/SIC/TVI), já sei que o resultado desta farsa de 5 de Junho será o mesmo do costume.
ResponderEliminarE este governo/país é de uma miséria tal que ainda não está disponível na língua portuguesa o tal "memorando salvador" (...da banca nacional e estrangeira)... só isto, se não diz tudo, diz quase tudo... existimos apenas para sermos escravos modernos do Sistema Monetário/Bancário!
Eu já li (tenho a sorte de saber inglês) aquela coisa... e digo-lhe que, quando leio e oiço o Povinho a falar sobre isto, só penso que têm o que merecem!
E, para mim, o Povo só vai acordar e revoltar-se quando não conseguir meter combustível nos "maquinões" para irem passear ao Domingo para a beira-mar...
"Eita" Povinho Acéfalo!!!
Venho aqui agradecer o seu gesto e dos outros que estiverem presentes na manifestação contra a TELECRACIA a que o POVO português está sujeito.
ResponderEliminarOBRIGADO.
Muito obrigado, caro "Voz a 0 db".
ResponderEliminarCaro António,
ResponderEliminarA questão é que, com o "resgate" que vem de fora, o dia em que as pessoas não têm dinheiro no multibanco ou nada podem comprar no supermercado chegará mesmo e em força sobretudo para a sua filha.
Convém recordar, ainda e uma vez mais, que foi exactamente isso, e por virtude das políticas impostas pelo FMI, que sucedeu na Argentina (cortes salariais e das pensões, aumento dos impostos, encerramento de empresas e despedimentos em massa e, por fim, indisponibilidade de movimentação e imediato confisco de parte das contas bancárias), e a situação só se começou a inverter e a especulação financeira só terminou quando o Presidente Kirchner decretou unilateralmente que a Argentina apenas pagaria 0,30€ por cada dólar da dívida e rigorosamente nada a título de juros.
Mas naturalmente que os defensores e apoiantes da Troika não querem que o Povo Português tenha conhecimento dessa experiência...
Eu já vivi muitas crises: a do Estado mal gerido, as próprias da minha família, as dos amigos e familiares. Nunca senti em qualquer dessas crises a angústia que sinto nesta. Acredite que nem por mim falo, embora saiba que vou pagar como os restantes a "fatura" da má governação. A angústia que sinto vem da inutilidade do voto. Da perda de soberania e independência (se é que alguma vez a tivemos), e sobretudo por verificar que os meus compatriotas, mesmo os mais letrados, vão a reboque de partidos que de tudo já fizeram. Lembram-me as claques do futebol. O que interessa é defender a camisola, mesmo que no relvado só façam cagada! Desculpe o desabafo!
ResponderEliminarCara Graça Lourenço,
ResponderEliminarCompreendo a sua preocupação mas, em lugar de se deixar dominar por ela, experimente dar uma oportunidade àqueles que, como eu, nunca estiveram no Parlamento e que têm ideias para fazer o País sair da crise e seguir uma via alternativa à da fome, miséria e desemprego que a Troika e o FMI e os Partidos que os apoiam representam.
Esse seu voto, para além de ser uma manifestação de luta, dar-nos-à força acrescida para que consigamos combater os responsáveis pela situação actual e para construir essa via alternativa.
E não tem por que pedir desculpa pelo desabafo :)