quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Maus costumes, no Colégio Militar


Hoje, vou estar no Jornal da Noite da TVI para falar, dentro dos limites legais, do caso das agressões a alunos do Colégio Militar. Estarão presentes, também, o director do Colégio e um representante da Associação de Antigos Alunos. O convite da TVI surgiu na sequência da divulgação, ontem, pela Procuradoria Geral Distrital de Lisboa de que o Ministério Publicou deduziu acusação contra oito graduados pela prática de seis crimes de maus tratos. No combate a estas situações, o pior inimigo que temos de combater é o silêncio encobridor de prepotências e, por isso, peço que assistam ao programa e que comentem e debatam o assunto.

17 comentários:

  1. "o silêncio encobridor de prepotências" é de facto uma prática das mais cobardes, infelizmente generalizada às mais diversas instituições e sociedades. É um sinal da mediocridade humana. É a cobardia dos mais fortes.

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  2. Condecorações Nacionais:
    1921- Grau de Cavaleiro da Ordem Militar da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito
    1931 - Grã-Cruz da Ordem de Instrução Pública
    1953 - Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo
    1959 - Ordem de Mérito Militar dos Estados Unidos do Brasil
    1978 - Ordem Militar de Sant' lago de Espada
    1982 - Ordem Militar de Rio Branco, do Brasil
    1990 - Medalha de Ouro de Serviços Distintos
    1997 - Medalha de Pacificador da República Federativa do Brasil
    1999 - Medalha Marechal Trompowski da República Federativa do Brasil
    2003 - Ordem Militar de Aviz

    Outras distinções:
    1967 -Medalha de Ouro dos Bons Serviços do Concelho de Oeiras
    1981 - Medalha de Honra de Mérito Desportivo
    1985 - Medalha de Honra da Cidade de Lisboa
    2003 - Medalha Naval de Vasco da Gama
    2003 - Medalha da Cruz Vermelha de Benemerência
    2003 - Medalha de Mérito Aeronáutico
    2005 - Medalha de Honra da Freguesia de Carnide
    2008 - Colar de Honra ao Mérito Desportivo
    2008 - Troféu Olímpico

    Decidi transcrever aqui estes dados, pois considero que uma Instituição deste calibre, deveria ter, ela sim, uma atitude de completa e explicita e pública renúncia a situações deste tipo, que a serem comprovadas em sede própria, deixam sem dúvida uma mancha no seu historial. Deveria tomar igualmente medidas efectivas para que situações deste tipo se extinguissem o mais rapidamente possível. Mas o problema primordial é, e como referenciou o Psicólogo presente, o facto de os que, quando eram novos, sofreram este tipo de comportamentos, quando se tornaram, eles próprios, mais velhos, se viram na posição de infligir, igual, ou piores, abusos físicos e psicológicos.
    É meu entender que, desde o Director do Colégio ao último responsável pela educação destes jovens, deveriam aproveitar esta situação para darem início a uma revolução nas qualidades morais e sociais que deveriam ser instruídas,e pelos vistos não são, a estes jovens.
    Outra situação que pode, eventualmente, ajudar a este tipo de conivência para este tipo de comportamentos, é o facto de muitos dos militares presentes no Colégio serem da Arma de Infantaria, e que foram eles próprios "vitimas" de situações análogas de abuso físico e psicológico. Não serve, como é lógico de desculpa, mas serve para se entender que eles próprios verão de outra forma este tipo de atitudes e comportamentos.

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  3. "Aplausos do PSD e do CDS-PP." esta é a verdade!!! transcrição do DAR I série Nº.88/IX/1 2003.02.20 relativamente à intervenção da Sra. Isilda Pegado... penso que para ser unânime tinha que ser todo o Parlamento, todas as bancadas a aplaudir!!! Pudicícia, falta um bocadinho!

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  4. Dr. Garcia Pereira. Estive 6 anos no CM e nunca, em ocasião alguma, vi os seus vários directores desse tempo, visitar as companhias de alunos depois das 18:00.A essa hora ia-se embora para o conforto do seu lar, deixando 600 miúdos entregues à sua sorte. Não tenha dúvidas de que esse senhor Major General( o "Dito" como chamávamos aos directores) não tem de facto conhecimento do que se passa no interior do CM, mas por omissão de responsabilidade. Para ele tanto se lhe dá como se lhe deu o que se passa no seu estabelecimento. Agora está preocupado, por que o andam a incomodar e tem dormido mal, mas quando passar este mediatismo, volta à sua rotina, de que já tem saudades.É assim que a coisa funciona.

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  5. Realmente há uma hipocrisia dominante e atordoante em quase todas as Instituições. A conivência com crimes deste e outro qualquer foro, parece transversal às Instituições. Fazem falta, muitas pessoas com a coragem do Dr. Garcia Pereira, para que o País pudesse respirar mais livremente. Dá a sensação de regresso ao passado, talvez à Idade Média.
    Como diz Eric Blair, a cobardia dos mais fortes está a minar o Mundo.

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  6. Caro Eric Blair, concordo inteiramente consigo! E aqueles que se convencem de que é com o encobrimento dos erros e mesmo dos crimes lá praticados que se defende a instituição que é o Colégio Militar, tornam-se afinal os primeiros e principais responsáveis pela sua decadência e mesmo destruição.

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  7. “Voz a 0 db”: Eu acho que mais do que uma questão do foro psicológico, esta é uma questão de que o Colégio Militar deve ser, tem de ser, transformado numa instituição democrática, onde este tipo de “métodos” não sejam de todo admissíveis e onde não haja lugar para responsáveis ou dirigentes que não só contemporizam com eles como até os apoiam e incentivam.
    E obrigado pela resposição da verdade dos factos no que se refere aos aplausos... mas o que verdadeiramente me preocupa é que estas pessoas não compreendem que a defesa de uma instituição prestigiada de ensino como é o Colégio Militar e a salvaguarda dos valores que ele se propõe transmitir passam, não pelo silenciamento de actos absolutamente indignos e, mais do que isso, criminosos, mas antes pela sua denúncia e punição exemplares, precisamente porque constituem um atentado àqueles valores.

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  8. Caro Rui Jorge, antes de mais muito obrigado pela sua intervenção aqui. Mas sinceramente penso que a atitude do Director é bem mais grave do que um simples “não querer saber”.
    Louvar alguém (como refiro no post seguinte a este) que se sabe ter cometido actos que são infracções não só disciplinares mas também criminais representa o mesmo que dizer que aquilo que ele fez está bem feito e é um exemplo a seguir. E isto é que é verdadeiramente inaceitável na pessoa de quem dirige o Colégio!

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  9. Cara Fada do Bosque, é precisamente isso que significa a frase de Martin Luther King que costumo citar: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons!”. Por isso, temos de persistir sempre e sempre, mesmo quando o manto diáfono do silêncio parece completamente opressivo.

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  10. O inquietante são afirmações deste tipo "Violência não... pode haver é às vezes excessos... como há, não aqui, mas há em muitas escolas, em muitos sítios, não é só aqui." além de confuso! o autor desta afirmação,um Pai de um aluno do Colégio, espelha a aceitação implícita deste tipo de comportamentos. E assim se entra na regra dos números, enquanto a maioria considerar este tipo de comportamentos aceitáveis, seja por que motivos, a minoria terá um trabalho difícil para tentar chamar à razão essa maioria. É o caso destes Pais que levam a tentativa de abrir os olhos à maioria às últimas consequências. E mesmo que a Justiça confirme e puna este comportamento, não penso que será o suficiente para a mudança da mentalidade das pessoas que lá colocam os filhos, pois eles próprios já sabem e aceitam, que os seus filhos sejam alvo de "excessos".

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  11. Caro "voz a 0 db", concordo inteiramente consigo. Mas por isso mesmo, é que, para além da punição dos autores materiais e também, para não dizer sobretudo, dos autores morais, é importante exigir que o CM seja transformado numa instituição democrática.

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  12. Sou mãe de um rata do CM. Antes disso, sou filha e irmão de ex-alunos do CM. Nunca, em nenhum momento, qualquer deles me contou sobre agressões dos mais velhos. Sempre me mostraram o colégio como uma instituição rígida, sim, mas não agressiva. Aconteceu que o meu filho escolheu o CM pelas ofertas desportivas que lá havia. Expliquei-lhe muito bem a vida que lá se levava, mas nunca lhe falei sobre agressões, pois sempre acreditei que os miúdos estavam mais protegidos no CM do que noutro colégio qualquer. Foi com muita dificuldade que o entreguei ao CM no primeiro dia, uma vez que sou mãe galinha assumida e sinto a falta da relação que tinha com ele no dia-a-dia.
    Houve uma vez em que o miúdo foi ameaçado por um "fedelho" mais velho, mas intervim imediatamente e senti bem o apoio dos militares e da direcção do colégio. Os graduados são exemplares, o meu filho adora-os e, tanto quanto me apercebo pelo que ele conta, os graduados são autênticas "vítimas" dos ratas, pois estes saltam para cima deles, andam nas suas cavalitas, atiram-lhes almofadas, enfim, abusam da paciencia dos seus protectores. O meu filho é bom aluno, gosta do colégio e às vezes chora porque tem saudades da mãe. Vou lá visitá-lo sempre que posso, trago-o para casa sempre que me é permitido e vejo bem como ele se relaciona com os colegas. Sou mãe galinha, sim. Nunca permitiria que o meu filho frequentasse uma instituição onde houvesse uma ténue suspeita de maus tratos físicos, psicológicos ou de outra qualquer proveniencia.
    Acredito que já tenham acontecido situações de maus tratos e acho muito bem que se apurem responsabilidades e se punam os culpados. É minha opinião que o CM não tem tomado uma posição exemplar na "sua defesa". Obviamente, toda e qualquer agressão deve ser severamente punida, para bem do meu filho e dos seus colegas. Mas não digam que é comum os miúdos serem agredidos - não é. São realmente casos exporádicos.

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  13. Cara Irene Lanhoso,

    Antes de mais quero agradecer-lhe o seu comentário e dizer-lhe que acredito na sua sinceridade. Todavia, não apenas bastaria um caso, um caso só que fosse de violência como aqueles 6 que foram agora publicamente conhecidos e objecto de acusação pelo Ministério Público (dizendo a Direcção do Colégio que também já os puniu disciplinarmente), e já seria demais. Por outro lado, os dados já conhecidos – que passam aliás pelo próprio número de punições que a Direcção do Colégio diz ter aplicado, resultam também de inúmeros relatos que entretanto me têm sido feitos chegar e estarão também de alguma forma reflectidos no relatório da Comissão de Inquérito mandada criar pelos Ministérios da Defesa e da Educação – permitem constatar que os episódios de violências físicas, em alguns casos mesmo brutais, não são “esporádicos” e que as situações de castigos sobre a forma de exercícios físicos que ultrapassam todos os limites da razoabilidade (a ponto de provocarem processos de rabdomiólise em miúdos de 10 e 11 anos), são frequentes.

    E quando alguns dos graduados se procuram justificar com a “normalidade” destas práticas e com o perfeito conhecimento delas por parte dos Dirigentes do Colégio e estes vêm publicamente pretender que não sabem de nada e que os exercícios físicos só podem ser determinados pelos Professores de Educação Física, há-de convir que alguma coisa está profundamente mal.

    Mais! Quando os Responsáveis do Colégio, e aqueles que os apoiam, se obstinam em negar as evidências, em desvalorizar a gravidade das agressões e em louvar os agressores, são eles, e mais ninguém, que estão a contribuir para o desprestígio e a descredibilização do próprio Colégio.

    Por mim, que tenho o CM como uma Instituição prestigiada de Ensino – embora necessitando de ser transformada numa Escola democrática – espero sinceramente que, a bem do futuro do Colégio, essas pessoas compreendam que, se não se demarcam das violências e dos abusos, se não são os primeiros a denunciá-los e a sancioná-los, e se antes prosseguem na via de tudo negar e tudo atribuir, ao pior estilo das técnicas da “contra-informação”, a conspirações movidas por interesses inconfessáveis e visando a destruição do CM, serão eles os responsáveis pelo resultado que precisamente dizem combater.

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  14. Sou pai de um aluno do CM, não sou ex aluno nem tinhamos qualquer antecedente que fizesse prever que o miudo solicita-se esta via. Dito isto, todas as informações atráz referidas são falácias, dizer o o Director vai para casa às 18h é mentira, este Director é uma pessoa que lá está a muito tarde é muito afável de belissimo trato. Posso informar que o meu filho, várias vezes fez flexões e abdominais, mas acrescenta foram merecidas. O Colégio é para crianças que foram educadas a cumprir ordens dos mais velhos em casa, é para quem não manda os mais velhos e estou em crer Pais para todas as ordenarices, é para quem tem vontade e determinação e não espera facilitismos. Não é internato, dormem lá 3 vezes por semana, têm de cumprir ordens, fazer desporto ter aplicação nas Aulas. A violência é sempre condenada! Mas não temos curiosidade em saber o que os alunos fizeram? Seria algum roubo? Seria alguma deslealdade para com os camaradas? Ou será que os Pais não queriam pagar o devido e arranjaram "um caldinho"?Por último, nunca tinha visto os miudos a chorarem, como na despedida dos graduados no passado ano. o meu esteve uma semana triste e com saudades. Seguramente não era dos maus tratos, que ele é convicto e valente isto posso eu assegurar.
    O Dr. GP, tinha de "montar" neste carro, que Portugal já o conhece e sabe que na prmeira oportunidade ele chega à TV. Os primos irmãos do BE, lá opinaram "pela rama" como em tudo o que fazem.
    Passem muito bem. Eu por cá estou cada vez mais contente pela opção do rapaz.

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  15. Caro "vitorual",

    É com pena, acredite, que me deparo com um comentário como o seu, até porque considero, e de maneira cada vez mais forte, que são posições como aquela que exprime que vão acabar por enterrar uma instituição tão prestigiada como é o Colégio Militar.

    Mas não posso, nem quero, deixar de lhe dizer também o seguinte:

    Primeiro, a minha posição sobre o CM está clara desde o primeiro momento e, portanto, teorias da conspiração do estilo de que as denúncias de actos inqualificáveis de violência e de cobardia (aliás, inteiramente contrários aos princípios que o Colégio se atribui) prosseguiriam inconfessáveis objectivos de destruição daquele, comigo não "colam" de todo.

    Em segundo lugar, as violências que estão aqui em causa não são fruto de manhosas "conversas de café". Foram já sancionadas, ainda que de forma demasiado branda na minha opinião, pelo próprio Colégio, e foram agora consideradas crime, e crime punível com pena de prisão até 5 anos, pelo Ministério Público. O mesmo Ministério Público a quem o Director do Colégio tinha o elementar dever de participar os factos, e não o fez. E é de todo inaceitável que se procure justificar esses mesmos ilícitos disciplinares e criminais com alguma hipotética atitude menos correcta anteriormente assumida pelas vítimas.
    Essa explicação foi aliás sempre a que, ao estilo do "alguma deve ter feito", foi usada para procurar "justificar" violências inaceitáveis por parte das autoridades policiais sobre cidadãos detidos ou presos.

    Por outro lado, afigura-se-me óbvio que num Estado de Direito nenhuma instituição, e designadamente a Militar, está acima da Lei e pode pretender ter o estatuto de que no seu interior possam ser livremente cometidos actos que cá fora levariam sempre os respectivos autores a responderem pela práticas de crimes. Porque é disso que se trata, da prática de crimes.

    Por fim, e relativamente ao Director que tanto admira, sugiro-lhe que confronte as afirmações dele de que os únicos exercícios físicos que são impostos aos alunos são aqueles que são decididos e supervisionados pelos respectivos Professores de Educação Física, e ainda as de que desconhece o que sejam as "firmezas", as "completas" e os "chapus", com aquilo que os próprios alunos graduados referem todos os dias, ou seja, que são práticas comuns e do perfeito conhecimento de todos os Oficiais incluindo o mesmo Director.

    Quem falta então à verdade? Os alunos graduados ou o Director?... E quem deve responder por aquilo que corra mal no Colégio, os mais baixos esclões da hierarquia ou o seu Chefe máximo? Que sentido de responsabilidade é afinal este?

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  16. exelentissimo gp,
    em primeiro não tenha pena, de nada, defenda as suas causas eu defenderei as minhas, pois eu também não tenho pena nenhuma de si.O meu caro já se submeteu ao juizo dos Portugueses sempre com resultados de fazer pena, mas é o que vale. Serem as penas demasiado brandas, já está a fazer um juizo de valor, que creio não ter competências para tal, foi o que a Direcção decidiu e vamos ver o que os Juizes decidem. Mas o Sr. já condenou! Se todas as violências nas escolas fossem para o Ministério Público, não haveria escolas. Concordo plenamente que ninguém está acima da Lei e reprovo totalmente a violência gratuita, sublinho veementemente, mas não condeno sem julgamento justo, isto ainda não é a sua querida Albânia ou Coreia do Norte. Quanto ao Sr. Director cheguei à fala com o Sr. duas ou três vezes em conversa de circunstância, fiquei a admirá-lo pelo discurso, pela postura e pela abertura demonstrada. É mentira volto a repetir que vá para casa às 18h como um comentário acima,diz. Eu vejo-o lá a supervisionar depois das 19h30m.
    As minhas dúvidas do anterior comentário, o que fizeram os meninos? Foram traidores? Roubaram? Os pais são maus de contas? É a parte de ninguém fala, nem o meu caro.Ou essa é só a parte que está em segredo de justiça!

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  17. Creia que lastimo profundamente que para defender as suas opiniões se permita utilizar este tipo de “argumentos”. Que têm porém o mérito de demonstrar quão longe vai o seu preconceito político e de como o desejo de atacar, seja de que forma for, quem não tem as suas ideias, o leva até... à Albânia e à Coreia do Norte!?

    E se acha que, por exemplo, o facto de os pais de algum aluno serem por ventura “de más contas”, como refere, seria relevante para apreciar, valorar e porventura justificar a conduta dos “valentes” que, a coberto da maior idade, da superioridade física e do cargo que ocupam, espancam violentamente o filho daqueles, fica afinal tudo dito quanto à sua verdadeira posição! Mais palavras, para quê?!

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