terça-feira, 13 de outubro de 2009

A verdadeira política de Sócrates

O agora anunciado despedimento de 590 trabalhadores da Qimonda mostra bem não só qual a verdadeira política do Governo de Sócrates como também aquilo que daqui para diante, uma vez terminado o circo eleitoral, espera os operários e demais trabalhadores deste país.


A Qimonda´era uma empresa tecnologicamente avançada, com um operariado altamente qualificado e que dava lucro! Se a empresa-mãe, no âmbito de um negócio com os capitalistas chineses decide fechar a fábrica de Portugal, só havia uma medida, e uma medida bem simples, a tomar para salvar uma empresa estrategicamente importante para o País como esta e impedir o despedimento de centenas e centenas de trabalhadores e a fome e miséria que daí necessariamente advirão - os fundos que, pela mão de Sócrates, serviram para salvar o BPN e nacionalizar os prejuízos decorrentes da má gestão e do lucro desenfreado do grande capital financeiro, davam afinal para salvar 4 ou 5 Qimondas!

É inteiramente justo que os trabalhadores da Qimonda se batam pela nacionalização da empresa e pelo impedimento dos despedimentos. Como é inteiramente justo que todos os outros trabalhadores lhes manifestem a sua solidariedade.

14 comentários:

  1. Depois destas coisas que já se previam , continuo um pouco perplexo por Sócrates ter ganho as eleições, mesmo em minoria.

    Luís Sérgio

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  2. Já nem posso ler, e ouvir, falar em BPN, muito menos na fraude, oh enganei-me, na nacionalização que os governantes deste País efectuaram... vamos lá a ver se entendemos: ou bem que temos uma economia de mercado a sério, e neste caso a falência do BPN era a situação justa e lógica, ou então temos esta situação, economia de palhaçada... em que se incineram milhões de euros para "salvar" um banco!!! Agora, se para "salvar" um mero Banco existiram tantos milhões, o lógico é que para salvar outras empresas também o haja, e o caso da Quimonda é possivelmente um bom exemplo... mas claro está que como estamos na tal economia de palhaçada, agora já nem se pode mencionar a palavra nacionalizar... enfim com governos e politicas destas mais vale começar a encomendar umas CATERPILLAR mais potentes porque as actuais não conseguem escavar o buraco com rapidez suficiente!!!

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  3. Começa a ser necessário adoptar a ocupação das empresas em risco de destruição, quando são viáveis, continuando a laboração sob gestão dos próprios trabalhadores. Os portugueses sofrem de um excesso de mansidão, o que torna fácil levá-los pelo próprio pé até ao matadouro. Já é tempo de dizer: Basta!

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  4. Grandes impostores! não consigo dizer muito mais...
    Há que anos, que o PS está no Governo e demonstra, o seu mau carácter... sinceramente não consigo entender.
    Corrupção, corrupção e mais corrupção! Tudo viciado. Daqui para a frente quero ver, quantas mais vão fazer... já que isto mal começou e já se vê, que "bem" que começa! Não há paciência!
    Gostei do novo visual do blogue, ficou bastante mais leve! :)
    Abraço.

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  5. Caro Luís Sérgio, a verdade é que o PS ganhou as eleições muito mais por demérito do PSD do que por mérito próprio. Mas o Povo Português não deixou de retirar o poder ao Eng. Sócrates, que aliás parece não ter percebido nem o significado desse resultado eleitoral nem o manietamento em que se encontra relativamente a Cavaco Silva, e que aliás vai seguramente determinar que esta legislatura não chegue ao fim.

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  6. Caro “voz a 0 db”, compreendo a sua justa indignação. Mas em vez de começarmos a encomendar Caterpillars para cavar buracos, devemos é prepararmo-nos para combater as medidas de “bloco central” que aí vêm, pela mão de Sócrates e com a abstenção do PSD, que nem precisa de votar a favor (aumento dos impostos, diminuição dos salários e das pensões, aperto do cinto para quem trabalha, ataques aos funcionários públicos e depois aos trabalhadores do sector privado, etc., etc., etc.).

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  7. Nuno, devemos defender a nacionalizaçãodas empresas viáveis e estrategicamente importantes para o País e a sua colocação sob o controlo de quem vive do seu trabalho.

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  8. Pois, cara Fada do Bosque, mas agora o que se impõe é que nos mobilizemos, nos organizemos e nos unamos contra as verdadeiras “declarações de guerra” que, em nome da “governabilidade”, do “pragmatismo” e de outras quantas patranhas, nos vão ser feitas, a começar já pelo programa do Governo e, logo a seguir, pelo orçamento de Estado.

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  9. Isto previa-se, inevitávelmente.
    Enquanto não se abrir os olhos de vez, as coisas vão acontecer desta maneira, quer seja pela (pre) dominância do PS ou do PSD...

    "A arma é um voto"
    DDB

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  10. As CATERPILLAR não são para cavar buracos...!!! São para afundar o buraco em que já estamos... Quanto à questão da luta... não vejo nos tempos mais próximos (6/12 meses) o Povo a fazer grande alarido, afinal 36,55% votaram PS (estão contentes e felizes), 29,11% votaram PSD (estão remediados), os outros cerca de 1.750.000 votantes... estão... Assim que as taxas de juro começarem a subir, juntamente com o preço do petróleo (lá para 2011), juntamente com o não aumento de salários, etc, etc, então aí pode ser que o Povo comece a sentir comichão!!!

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  11. Por isso cara Sara é q temos de combater a política de Bloco Central, que é que vamos ter agora pela frente com a singular circunstância de o PSD, para fazer passar as medidas mais gravosas de acordo com o PS, nem sequer tem de votar a favor, bastando-lhe abster-se...

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  12. Mas repare, “voz a 0 db”, por um lado, q esses 36% de votantes não passam de pouco mais de 1/5 dos eleitores e, por outro lado, que as medidas de que fala, e outras (como o aumento dos impostos, as ainda maiores restrições no acesso à Saúde, à Justiça e à Educação), vão começar já agora, e desde logo com a aprovação do orçamento de estado para 2010.
    E não serão só o PS e o PSD a serem postos em causa, porque nessa altura também se vai ver se as promessas que os partidos da oposição, em particular os que se dizem de “esquerda”, eram para cumprir ou não, e se eles vão dizer claramente que o Governo não presta e o seu programa deve ser rejeitado ou se vão mostrar-se “bem comportadinhos” e comparticipar no jogo.

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  13. Pois é... são cerca de 1/5 dos eleitores, o pior é que +-40% (+-3 800 000) eleitores estão-se a marimbar para esta coisa de DEMOCRACIA e ir VOTAR,(votar... que nojo, pensarão eles!!!)... não sei o que será preciso para que estes seres contemplativos despertem para a realidade, a ver vamos!

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  14. Creio que devemos persistir sempre em procurar demonstrar-lhes, um a um, que permitir que os outros decidam por eles (seja votando nos mesmos, seja não indo lá votar e deixando que as máquinas partidárias os façam) conduz sempre apenas a um só resultado: cada vez mais do mesmo, isto é, promessas de que “agora é que isto vai melhorar” e depois o aperto cada vez maior do cinto para queles que vivem do seu trabalho. Prossigamos nessa batalha cívica e a ver vamos então.

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