Já todos percebemos como vão as televisões cobrir a próxima campanha eleitoral. Até mesmo a RTP, canal público e com obrigações especiais no serviço que presta, vai remeter para a “mini” RTP-N as mini-entrevistas que dedicaram aos partidos que não são do poder e, logo, não estão envolvidos no lodaçal em que estes governantes e afins enterraram o país. As grandes entrevistas, tanto na RTP como na TVI e na SIC, passarão em horário nobre nos principais canais dessas estações, e serão em exclusivo com os cabeças de lista dos cinco partidos do poder.
A mesma imprensa que passa a vida a dizer que as campanhas são desinteressantes e que não aparecem ideias novas é, afinal, uma das principais responsáveis por só podermos ouvir "mais do mesmo"!
A mesma imprensa que passa a vida a dizer que as campanhas são desinteressantes e que não aparecem ideias novas é, afinal, uma das principais responsáveis por só podermos ouvir "mais do mesmo"!
Serge halimi, jornalista do " le Monde Diplomatique", escreveu há uns anos : " a imprensa escrita e audiovisual é dominda por um jornalismo de reverência, por grupos industriais e financeiros,por um pensamento de mercado, por redes de conivência (...) Estes servidores da ordem estabelecida são os novos CÃES DE GUARDA do nosso sistema económico".
ResponderEliminarHALIMI,Serge, OS NOVOS CÃES DE GUARDA; Celta.
Luís Sérgio
A manipulação de massas, é das arma mais fortes dos senhores do mundo, impunes à Lei e regidos pela imoralidade sórdida da ganância, da guerra e da traição. Os Media são essa arma mortífera dos povos, da Democracia e da Paz, exactamente por manipularem as mentes, até aquelas menos predispostas à manipulação cerebral. Semeiam o medo e a ignorância... O Caos.
ResponderEliminarE será isso legal?
ResponderEliminarÉ constitucional, os Partidos candidatos mais pequenos serem excluídos do Tempo de Antena?!
E a igualdade de oportunidades democráticas?
É de facto uma análise muito lúcida. E onde se chama a atenção, entre muitos outros pontos, para o de que a censura mais eficaz é a auto-censura, em que o agente de comunicação, por si e bem sabendo o que mais convem aos interesses de quem lhe paga, não tem sequer que esperar por uma ordem directa para escrever isto ou censurar aquilo, mas antes já o fez espontaneamente e logo grita indignado que não está sujeito a qualquer controlo ou condicionalismo e que aquilo que escreveu ou censurou foi o que lhe foi ditado pelos seus elevados “critérios jornalísticos”…
ResponderEliminarFada, a verdade é que, ao contrário do que sempre têm pensado os Goebbels de toda a História, uma mentira mil vezes repetida NÃO se torna verdade e como costumava dizer Abraham Lincoln, pode-se enganar toda a gente durante algum tempo, como se pode enganar alguma gente durante todo o tempo, mas não se pode enganar toda a gente durante todo o tempo.
ResponderEliminarFada, não é legal nem constitucional porque quer as leis eleitorais quer a Constituição estabelecem muito claramente que as eleições se têm de reger pelos princípios da igualdade de tratamento e de oportunidades das diferentes forças políticas concorrentes. A questão é que, também aqui, a Democracia e a legalidade são “uma batata”. E isso foi tornado muito claro quando num processo eleitoral de candidaturas unipessoais e não partidárias, como foram as últimas Presidenciais, havendo 6 candidatos aceites pelo Tribunal Constitucional, com o beneplácito de todos os “democratas”da altura, a começar pelo próprio Presidente Jorge Sampaio, as três televisões fizeram todos os debates apenas com cinco desses candidatos.
ResponderEliminarA questão assume contornos ainda mais escandalosos se tivermos em consideração que os partidos com assento no parlamento fazem campanha durante todo o ano. O que fazem os comentadores políticos, os chamados "opinion makers" seleccionados a dedo entre os ilustres do PS e do PSD? O que fazem em debates com a presença dos 5 maiores partidos? Eu não sou contra o facto de se exteriorizar o sentimento que reina entre os partidos parlamentares (acho até importante), mas não deixa de ser verdade que estes já fazem a sua "publicidade" durante o ano. Para quê então gastarem balúrdios quando chega a altura das campanhas? E para cúmulo ainda acontece o que foi aqui descrito...
ResponderEliminar