A Associação 25 de Abril abriu-nos as portas. Fomos recebidos por alguns elementos da direcção, nomeadamente pelo presidente, o “capitão de Abril” Vasco Lourenço.
Quase 35 anos depois, constatámos que o Portugal que Abril nos prometeu não se cumpriu… É verdade que acabou a PIDE, mas continuam a haver perseguições por razões políticas, o delito de opinião não consta dos códigos legais, mas existem listas negras em várias áreas profissionais destinadas a ostracizar activistas sindicais ou elementos de espírito independente que não se sujeitam a dobrar a espinha aos caprichos do chefe de serviço, as várias policias usam e abusam do poder, o corporativismo não desapareceu, a Justiça continua a ser uma balança desequilibrada a favor dos ricos e poderosos em prejuízo dos pobres e fracos, a corrupção grassa, o direito de manifestação foi instituído mas as polícias já voltaram a invadir sedes de sindicatos para identificarem activistas e organizadores de manifestações, regressou um certo tipo de moralismo serôdio, fascizante, que levou um magistrado a censurar um corso carnavalesco e um cabo da GNR a mandar apreender um livro que ostentava a reprodução de um quadro famoso na capa (mas era uma mulher nua!), temos eleições mas o “sistema” faz com que os partidos mais pequenos não tenham voz de modo a direccionar as opções de voto para os partidos do arco do poder… Não, este não é o Portugal que nos prometeram no 25 de Abril de 1974.
Quase 35 anos depois, constatámos que o Portugal que Abril nos prometeu não se cumpriu… É verdade que acabou a PIDE, mas continuam a haver perseguições por razões políticas, o delito de opinião não consta dos códigos legais, mas existem listas negras em várias áreas profissionais destinadas a ostracizar activistas sindicais ou elementos de espírito independente que não se sujeitam a dobrar a espinha aos caprichos do chefe de serviço, as várias policias usam e abusam do poder, o corporativismo não desapareceu, a Justiça continua a ser uma balança desequilibrada a favor dos ricos e poderosos em prejuízo dos pobres e fracos, a corrupção grassa, o direito de manifestação foi instituído mas as polícias já voltaram a invadir sedes de sindicatos para identificarem activistas e organizadores de manifestações, regressou um certo tipo de moralismo serôdio, fascizante, que levou um magistrado a censurar um corso carnavalesco e um cabo da GNR a mandar apreender um livro que ostentava a reprodução de um quadro famoso na capa (mas era uma mulher nua!), temos eleições mas o “sistema” faz com que os partidos mais pequenos não tenham voz de modo a direccionar as opções de voto para os partidos do arco do poder… Não, este não é o Portugal que nos prometeram no 25 de Abril de 1974.
Vasco Lourenço e os outros dirigentes da Associação 25 de Abril concordaram com esta análise da situação e referiram que os problemas expostos têm reflexo mesmo dentro da instituição militar. Estes militares que fizeram a Revolução dos Cravos acreditam que estão a ser criadas as condições para uma “revolução de escravos”, dada a degradação social no país. Observadores atentos do que se passa, são de opinião que os partidos do poder falharam na sua missão, transformando-se em meros grupos de interesse, que não procuram governar mas, apenas, governarem-se…
Acredito que está na hora de começar a combater este estado de coisas, por dentro do sistema. Votem nas listas do PCTP/MRPP e ponham no Parlamento uma voz que jamais pactuará com as injustiças.
É verdade o que Garcia Pereira diz neste "post" sobre os atentados que sistematicamente são hoje praticados contra a liberdade e a democracia, orquestrados pelo governo Sócrates, como o foram pelos governos de Barroso e Santana Lopes. Mas que dizer da afirmação extraordinária de Jerónimo Sousa, ontem, no debate com Ferreira Leite, segundo a qual esses atentados são "pontuais" (sic) e que não é essa a "situação geral"?
ResponderEliminarPois... todos sabemos que, para o cidadão comum, tais atentados são tudo menos pontuais. Mas é por estas e por outras que se vê como os partidos do “Arco do Poder” , por diferenças essas sim pontuais que pareçam ter, no essencial nada diferem...
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