quinta-feira, 10 de setembro de 2009

É proíbido

Esta tarde, nas escadarias de São Bento, fomos interpelados pela polícia porque estavamos a filmar a fachada do Parlamento sem a devida autorização. O caricato da questão nem era a filmagem propriamente dita, mas o local onde a câmara estava colocada. Para não infringir as regras, teriamos de descer as escadarias e filmar do passeio fronteiro.
Os polícias nem foram indelicados, apenas cumpriam ordens. Mas ordens estúpidas e sem sentido. O graduado de serviço desculpava-se com a Lei, sendo que não existe Lei que nos proíba de filmar em espaços públicos, como era o caso. O que se passa ali, é que a escadaria exterior do palácio é considerada parte integrante do conjunto arquitectónico e, como tal, está sujeita aos caprichos da dona Adelina Caldeira... a quem os senhores polícias obedecem cegamente, como convém.

Se o ridículo matasse, esta tarde teriam caído varados uns quantos polícias na escadaria de São Bento. Mais a dona Adelina...

6 comentários:

  1. da próxima há que falar com a administração do condomínio, à cautela.

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  2. Teremos isso em conta, Eric Blair :)

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  3. A "Adelina Caldeira" é a Secretária Geral, estilo comandante-em-chefe, da Assembleia da República!!

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  4. Esta tarde durante a greve geral, estava a filmar junto a esquadra da PSP que fica em frente a assembleia e fui interpelado por uma senhora agente que me diz que não posso filmar a assembleia, isto depois de ter andado nas redondezas a filmar um bom bocado, é quando me chego a sua beira e depois de filmar mais dois ou três minutos vêm-me com esta conversa! não lhe disse nada porque não queria estragar a tarde!

    cump

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  5. Caro César, essa é de facto uma das manias dos responsáveis da Assembleia da República, em particular da sua Secretária Geral e, como se vê, eu próprio já tive de me confrontar com ela. Afigura-se-me totalmente ilegítima essa proibição, visto que se trata de um edifício público e relativamente ao qual não se colocam quaisquer particulares questões de segurança.

    Para além de que, como é fácil de constatar todos os dias no local, o critério de actuação não é uniforme, sendo certo que quando se trata de turistas a fotografar, e são muitos os que por lá passam, ninguém vê a polícia a implicar com eles.

    Mas este é seguramente um daqueles tiques dos tempos do fascismo (em que obviamente fotografar a "Assembleia Nacional" era lgo muito perigoso e subversivo...) que ainda não conseguimos superar!

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