segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Ainda sobre o SNS

A ideologia dominante, na época actual, é que a vida do cidadão comum vale pouco. Trata-se de uma lógica desvalorizadora da identidade e da vida do cidadão. Em linha recta, isto leva a uma lógica de admissibilidade de que um serviço de urgência de um hospital deixe os utentes à espera mais de 12 horas até serem atendidos. E 12 horas mal sentados numa cadeira ou deitados numa maca num corredor.

2 comentários:

  1. E não é só à espera de serem atendidos nas urgências. Nos grandes hospitais chegam a estar internados dias a fio nos corredores. Quando as pessoas mais precisam de apoio, de sossego, de descanso, e de alguma privacidade, para ali ficam. É inadmissível.

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  2. É na verdade inadmissível! Mas é o resultado da lógica, própria da ideologia da época da chamada globalização (ou seja, do predomínio do grande capital financeiro), da configuração da saúde, como a educação ou a justiça, não já como direitos fundamentais dos cidadãos que a eles devem ter pleno acesso mas sim como meros serviços, sujeitos à lógica da economia de mercado e do lucro e portanto só devem ser prestados condignamente a quem tenha posses para os custear – “quem quer saúde, paga-a!”…

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