segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Sócrates não merece ser reeleito

O governo português, numa atitude impar no Mundo, em vez de tomar medidas de apoio à actividade produtiva e medidas de apoio social aos desempregados e reformados, preferiu ajudar o grande capital financeiro, especulativo, que não investe nem estimula a actividade produtiva. Este governo, em vez de apoiar as pequenas e médias empresas – espinha dorsal da economia portuguesa – só teve olhos para as grandes empresas estrangeiras as quais, muitas vezes, depois de embolsarem apoios e benefícios, vão-se embora e mandam os respectivos trabalhadores para o desemprego.
Em vez de criar 150 mil postos de trabalho, elevar os salários e as pensões, de combater a pobreza, Sócrates – com a sua política neo-liberal – agravou drasticamente o desemprego, colocou o país em níveis inauditos de miséria social, baixou os salários reais e as pensões e até obrigou os reformados a pagarem impostos.
Com a complacência e cumplicidade antidemocráticas dos presidentes Jorge Sampaio e Cavaco Silva, fez toda a sorte de promessas e, depois, quando sacou os votos e se apanhou no poder, não cumpriu uma única delas. Não merece ser reeleito.

2 comentários:

  1. Olhe que neste momento eu estou dividido. Independentemente de merecer ou não, quem sabe não seria bom que ele continuasse à frente do Governo!

    Já sabemos que se houver mudança será para o mesmo, apenas com outras caras (que nem sequer são novas), e com a desvantagem de ficarmos mais quatro anos a regredir e a ouvir a lengalenga do costume, de que a culpa foi dos "outros" que deixaram isto numa lástima, e blá, blá, blá que temos que apertar o cinto e blá, blá, blá que os amanhãs vão ser brilhantes e blá, blá, blá.

    Como sinto as coisas neste momento, a continuação de José Sócrates à frente do Governo, ainda que implique o risco de voltarmos aos tempos da outra senhora (tem todos os tiques salazarentos), a mim traz-me a esperança de que os pelourinhos das cidades e vilas deste país voltem a ter o uso para que foram originariamente construídos.

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  2. Não perfilho a tese do "quanto pior, melhor"! E também não concordo que a haver mudança, ela tenha de ser para o mesmo. A ruptura com o actual estado de coisas, é necessária, é urgente e é para ser imposta o mais depressa possível.
    Não creio, bem antes pelo contrário, que seja necessário mais tempo para Sócrates e os seus acólitos serem desmascarados e isolados. Julgo até que uma sua vitória representaria o redobrar da repressão e da opressão sobre o povo, agora sob o já actual pretexto da "legitimidade democrática renovada".
    O que temos de fazer é impor um novo projecto de sociedade e um novo modelo de desenvolvimento do País com uma nova organização económica e política colocada sob a égide do Trabalho e eleger as pessoas capazes de corporizar essa ruptura e essa mudança.

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